Domingo é dia de Choro. A Fundação Rio das Ostras de Cultura inicia neste domingo, dia 6 de março, o projeto “Choro da Maria”, uma roda de chorinho na Praça São Pedro, no Centro, a partir das 17h.
O Projeto acontecerá mensalmente, sempre no primeiro domingo de cada mês, com o objetivo de valorizar também este gênero musical que é genuinamente carioca.
O “Choro de Maria” será formado pelos músicos André Bellieny (violão), Márcio Moraes (cavaquinho), Anderson Santos (pandeiro) e Luiz Felipe Oliveira (flauta), recebendo em cada edição artistas convidados. Neste domingo quem se apresenta com os músicos são os artistas Aloísio Barbosa e Victor Romero.
De acordo com a presidente da Fundação, Cristiane Regis, o nome do Projeto é uma homenagem à Tia Maria, do Quiosque da Tia Maria. “Durante anos, a Tia Maria, que foi uma das vítimas do Covid-19 na pandemia, incentivou a realização da roda de chorinho em seu quiosque. Por essa razão, resolvemos fazer esta pequena homenagem. A roda acontecerá sempre no primeiro domingo de cada mês. A exceção será no mês de abril, que será no dia 23, que é o Dia Nacional do Choro”, explicou a presidente.
CHORO – O choro é um dos mais originais estilos de música, principalmente instrumental, cuja origem remonta o século XIX. Nascido no Rio de Janeiro, o choro ganhou forte expressão nacional, tornando-se um símbolo da cultura brasileira.
Suas principais características são a forma rondó, presença de compasso binário e um fraseado peculiar. Eles utilizavam, entre outros instrumentos, violão, flauta, cavaquinho, para dar à música um aspecto sentimental, melancólico e “choroso”.
O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da Música Popular Brasileira, reconhecido em excelência e requinte. Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus. A composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na trinca flauta, violão e cavaquinho – a esse núcleo inicial do choro também se chamava pau e corda, por serem de ébano as flautas usadas -, mas com o desenvolvimento do gênero, outros instrumentos de corda e sopro foram incorporados.