A Fundação Rio das Ostras de Cultura doou para a Escola Agrícola Carlos Maurício Franco dois equipamentos de madeira, construídos pelo responsável da Fundição de Artes e Ofício, Paulo Gonçalves, que vão ajudar os alunos no treinamento da atividade de Laço Campista.
A doação vem atender uma solicitação feita pelos alunos durante uma visita da escola para conhecer as unidades culturais do Município. Ao conhecerem o trabalho desenvolvido na Fundição, principalmente com relação aos aparelhos construídos em madeira, os alunos perguntaram se não havia a possibilidade de construir o cavalete para que todos pudessem treinar para as competições durante as atividades realizadas na escola.
A entrega dos dois cavaletes próprios para o treinamento específico da modalidade de Laço Campista foi feita pela presidente da Fundação de Cultura, Cristiane Regis, diretamente na Escola. “Nós entendemos que esse pedido vem ao encontro a uma atividade que é a cultura da localidade de Cantagalo. Por essa razão e pelo baixo custo de investimento, produzimos dois aparelhos novos, pintados que sabemos que vão fazer a diferença para esses alunos. A felicidade deles ao receberem os cavaletes foi genuína e emocionante e isso compensa qualquer investimento feito, principalmente pela simplicidade do material utilizado que foi basicamente madeira”, explicou.
Na escola, os primeiros a utilizarem os cavaletes para o treinamento foram Iuri Adão, de 14 anos, e Maíza Gomes e Diogo Freitas, ambos com 12 anos. Os três já participam de competições de Laço Campista nas exposições, eventos e feiras realizadas na Região e vêm conquistando muitos prêmios.
“Agora vamos poder treinar mais e aprimorar ainda mais a nossa técnica, principalmente na mira. Com isso ganharemos experiência para as futuras competições”, declarou Diogo Freitas com a concordância de Iuri e Maíza.
Para a diretora da Escola Agrícola, Solange Costa, essa doação é bem representativa. “Estamos muito gratos por essa parceria com a Fundação e agradecidos pelo presente porque vai contribuir para o crescimento dos nossos alunos”, disse Solange.
LAÇO CAMPISTA – A modalidade de competição denominada de Laço Campista surgiu a partir da atividade campeira de lida com o gado criado solto e extensivamente no ambiente de restinga da baixada Campista, no Norte Fluminense, no território do município de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. O Laço Campista é um modo de laçar único no Brasil, aperfeiçoado na lida do campo e iniciada na região nos séculos XVII e XVIII.