A 17ª Edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival terminou na última segunda-feira, dia 15, e pode-se dizer que foi aprovada com nota alta como primeiro evento-teste gratuito do Estado do Rio de Janeiro. A escolha dos artistas e os shows nos dois palcos agradaram em cheio, a plateia teve um bom comportamento, mas quem também fez o maior sucesso foi a Fundação de Cultura, que manteve um espaço reservado na Cidade do Jazz para os artistas plásticos e artesãos mostrarem asua arte.
Pela primeira vez, por exemplo, o Empório da Estação teve um espaço próprio destinado aos artesãos de Rocha Leão que tiveram a oportunidade de mostrar o valor e a beleza do artesanato local.
De acordo com a artesã Aline Duarte, a organização e a oportunidade foram maravilhosas. “Eu achei muito bem organizado em todos os setores. Tudo lindo e de muito capricho. Para a primeira vez em um evento tão grande como o festival, posso dizer que consegui boas vendas. Além disso, fiz novas amizades e conheci trabalhos maravilhosos de outros artesãos. Posso dizer que a participação no Festival Jazz e Blues foi uma experiência incrível, ainda mais sabendo que meu trabalho foi para outras cidades. É um reconhecimento e tanto. Estou sem palavras para descrever”, declarou.
Laila Luciano dos Santos, do Sanluc Ateliê, de Rocha Leão, achou tudo maravilhoso. “Participar deste evento é uma oportunidade de divulgar e mostrar o meu trabalho. Tive um bom lucro e consegui muitos clientes. Inclusive já fiz entrega depois do evento. Agradeço a toda organização, em especial à Fundação Rio das Ostras de Cultura, pelo espaço e apoio. Esse Festival ganhou meu coração como artesã e fã de JAZZ”, comentou.
Para o artista plástico Paulo Gonçalves, que já conquistou o público de vários países com seu talento, expor no Festival de Jazz, que é considerado o maior evento do gênero na América Latina, é uma grande oportunidade para os artistas. “Tenho peças em vários países, mas poder mostrar a minha arte aqui na minha terra não tem preço. Esta é uma vitrine importante porque recebemos visitantes de todos os cantos do Brasil e do exterior”, disse Paulo, que também é o diretor da Fundição de Artes e Ofícios e responsável por várias peças culturais espalhadas pela Cidade, como o baixo instalado em Costazul, o saxofone na Praia da Tartaruga; e as molduras com os nomes das praias instaladas no litoral.
Os artesãos do Ateliê Vera Luzente também tiveram um lugar garantido para apresentar suas peças, confeccionadas dentro do propósito do projeto de identificação cultural da Cidade. O Clube do Vinil também compôs o cenário cultural do espaço da Fundação, com a comercialização de LPs de vinil e o som ambiente entre as apresentações.
Segundo a presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, Cristiane Regis, a particição da Cultura na Cidade do Jazz serviu para valorizar ainda mais os artistas da Cidade. “O Festival é um espaço democrático, cultural e com uma visibilidade muito grande. Pudemos mostrar, mais uma vez, o valor e o talento dos artistas de Rio das Ostras que tiveram a oportunidade de divulgar, cada um, a sua arte. Também tivemos o prazer de receber a visita da secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, que assistiu aos shows e visitou os estandes de artesanato que estão com peças de artistas locais, mostrando que a parceria entre Estado e Município é importante e só tende a crescer para garantir ainda mais o desenvolvimento da Cultura no interior do Estado do Rio de Janeiro”, finalizou.